Na passada noite de 31 (no festejo do ano novo) encontrava-me no restaurante Manuela Borges, um restaurante de requinte e de bom nome, contudo, tão boa não foi a experiência que lá vivi. Esta deveria ser uma noite de sonho, a noite de todas as noites. Acontece, contudo, que enquanto estava a dançar com a minha namorada, fui chamada à parte no sentido de moderar os beijos que lhe dava, caso contrário teria de ser convidada a sair, felizmente sei defender-me, e conheço muito bem os meus direitos, ainda assim, não posso deixar de dar a conhecer esta situação. Afinal de contas, parece que, na passagem de ano de 2012 para 2013 regressei a eras passadas onde a mediocridade reinava, assim como o preconceito e a intolerância. Sei que para muitos, a situação poderá não ser tão grave, contudo, nem todos são expostos a este tipo de situações, apesar tudo, todos somos seres humanos e todos vivemos em comunidade. Contudo, não posso deixar de perguntar que comunidade será esta que, aceitando o casamento (em teoria, claro, não pensem que me iludo) não aceitam beijos trocados numa noite de festa, onde o romance deverá ser o principal acompanhamento. Tal senhora, dizia não beijar constantemente o marido, mas eu pergunto mais uma vez, será que porque eu não como carne, que ninguém deverá comer? Estamos num mundo livre e acredito que todos deverão usufruir dos seus direitos assim como dos seus deveres, e não apenas em determinados lugares.
Para que conste, esta mesma senhora, aliás, nora da dona do restaurante, com uma expressão de insolência, lançou me um beijo e um piscar de olhos, pessoas como esta não têm lugar no atendimento aos clientes, ainda que se digam não preconceituosas. Esta mesma senhora, entre a discussão teve ainda a audácia de agarrar no meu braço e puxá-lo, momento em que outras pessoas tiveram de intervir. Sinceramente, não posso deixar de esperar que pessoas como estas continuem sem qualquer pena ou dano, esta história mereçe ser contada...
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